O Otome construído nos moldes do RPG Maker, misturando elementos deste gênero com romance, pode ser o que chamamos de “hidden gem” no universo dos jogos indies. E sua demo prova que vale a pena investir nesta campanha.
The Silent Kingdom apareceu no início de janeiro em forma de campanha no Kickstarter e de cara chamou a atenção de todos pelo seu visual chamativo e de alta qualidade. A história de uma princesa destinada a uma jornada obscura e repleta de sangue tem muito potencial de agradar amantes do gênero fantasia dark com pitadas de romance.
Se ponha no lugar da Princesa Erinys, cujo reino caiu em uma dolorosa maldição. Com o objetivo de salvar tudo o que conheceu e amou, Erinys terá que enfrentar o mundo inteiro – e até mesmo desafiar a própria Deusa criadora de tudo.
O quanto o peso de um reino amaldiçoado irá queimar a sua alma? Sendo uma princesa, você será amada ou odiada, uma traidora ou traída? Você irá procurar conforto na companhia de outros ou a morte do seu reino irá selar o seu coração para sempre?
Um caminho de espinhos a aguarda. A maneira como você irá realizar esse trajeto cabe somente a você.
O game, que é classificado como um dark otome RPG, tem sua base desenvolvida no famoso RPG Maker, com modificações que o tornam único, como a presença de visual e animação de personagens em diálogos, sprites únicos no mapa, dentre outros elementos.
Dito isso, e baseando-se na história, ele apresenta lutas de um RPG de turno clássico. Mas acredite, mesmo que você não seja muito fã desse gênero, o foco na narrativa e a própria história em si (bem como os personagens) são os pontos altos desse otome indie.

Na página do Kickstarter é explanado o que você irá encontrar nesse jogo: Uma protagonista que já possui uma personalidade definida, mas ainda assim que pode se moldar ao seu gosto; uma experiência de interações e escolhas de diálogos que nunca são certas ou erradas, apenas diferentes umas das outras; romance; uma história emocionante e sombria; e CGs em estilo anime.
The Silent Kingdom é desenvolvido por uma única pessoa, a Lucky Cat – isso mesmo, uma única pessoa! Ela é da Espanha, e portanto, além da linguagem em inglês, o jogo também tem pretensão de vir em espanhol.

Na campanha do Kickstarter, a meta padrão soma o total de quase U$ 34.000,00 dólares. Sim, é muito dinheiro, mas quem disse que desenvolver um jogo profissa é barato? E acreditem quando eu digo que vai valer a pena! (eu ainda chego nesse ponto). Neste momento em que o post é escrito, faltam menos de 20 dias para a campanha acabar, e ela já atingiu em torno de U$ 14.000,00 dólares.
É possível fazer uma doação no valor que você quiser. Infelizmente o dólar está muito caro para nós, brasileiros, mas por menor que seja a quantia, ela ainda é válida para qualquer campanha de financiamento coletivo.
Uma demo está disponível para as plataformas Steam e itch.io, que garante mais ou menos 2h30 de jogatina e uma boa ideia do que pode vir por aí se o jogo conseguir alcançar sua meta financeira de desenvolvimento.

Eu joguei e sinceramente, não esperava que fosse tão bom! De fato, há um foco na narrativa e você consegue sentir o potencial de uma jornada triste, difícil e sombria para a princesa. Os dois personagens masculinos pretendentes são meio que opostos e já deu pra pegar que um deles aparenta esconder um lado mais sombrio (adoro).

Eu queria comentar da história e mais dos personagens, mas acabaria soltando spoilers, e eu quero que você veja por você mesma, porque vale muito a pena testar essa demo. Na real, o meu conselho é que você jogue sem ler as infos dos personagens, SÓ JOGA, vai por mim! (o desespero da garota). Em poucos minutos a história te fisga para saber o que diabos tá acontecendo e o que vai acontecer!
Tudo, absolutamente tudo – desenho dos personagens, cenário, música, diálogos, mecânicas, CGs – possuem um cuidado, carinho e dedicação enorme da Lucky Cat. Este jogo merece ser completado, e eu, assim como a equipe do Otomices, estamos torcendo muito para que The Silent Kingdom alcance sua meta no Kickstarter! <3

Simbora espalhar pra @deus e o mundo, otometes?!